terça-feira, 29 de abril de 2014

Dia Mundial da Dança

Olá, olá!!!
Há sempre motivos para festejar todos os nossos dias, sejam por motivos pessoais, profissionais ou até mesmo globais. E hoje festeja-se a Dança!!!


Apesar de ter o bicho-preguiça, em tempos já fui desportista. Fiz ginástica acrobática durante alguns anos, o que incluía a vertente da dança, e sempre que tinha hipotese, gostava de experimentar novos ritmos e novos tipos de dança. Agora, fico-me por ver dançar e de vez em quando ir "Zumbar".

Umas das coisas que gostaria de experimentar seria uma dança tradicional da minha zona.... As Lezirias do Ribatejo... mas considero que seja uma dança tradicionalmente masculina. E eis que vos apresento o Fandango Ribatejano:

                                   


O Fandango Ribatejano
Na Lezíria do Tejo é bem patente a íntima ligação das gentes com a sua cultura e tradições. É a arte trazida pelos nossos antepassados, ainda hoje sentida e vivida, que orgulhosamente queremos preservar. É por isso que aqui continua a respirar-se folclore. Danças, cantares, ritmos e movimentos que se executam com a pujança ímpar de uma terra assumida na integridade. A ribatejana.
Em tempos passados, o fandango era caracterizado por ser dançado pela mulher de forma sensual. Ao mesmo tempo, o homem galanteava a mulher, cantava e gritava, juntando também gestos, na época considerados obscenos. Era tido como uma dança de sedução entre homem e mulher.
 No início do Século XIX, o Fandango era dançado e, por vezes, cantado pelos vários estratos sociais, sendo considerado por alguns visitantes estrangeiros como a verdadeira dança nacional. Ao longo da sua história foi dançado e bailado, tanto em salões nobres e teatros populares de Lisboa, como nas ruas, feiras, festas e tabernas, normalmente entre homem e mulher, entre pares de homens ou entre pares de mulheres. Nesses tempos idos, os bailadores dançavam também em pleno campo, defronte das árvores. Os mais hábeis tentavam a sorte a “fandangar” nas tabernas, com um copo de vinho na cabeça, sem o entornar.
 Hoje em dia, o Fandango é dançado em quase todas as províncias de Portugal, através das mais diversas formas musicais e coreográficas. Actualmente existem, só no Ribatejo, quase vinte variantes de fandangos,  tocados não só por acordeons, mas também por pífaros, gaitas-de-beiços, harmónios e clarinetes. Nas suas variadas nuances, o fandango pode ser também uma versão apenas instrumental, pode ser cantado, dançado em roda ou dançado a pares com várias combinações - homem/homem (mais frequente), homem/mulher (nalguns casos) e mulher/mulher (raramente), para além de pequenos grupos.
 No Ribatejo, a versão mais conhecida é aquela que se denomina por "Fandango da Lezíria", dançada entre dois campinos vestidos com "fato de gala". Trata-se de uma dança de agilidade entre dois homens, onde se adivinha uma espécie de torneio de jogo de pés, em que o homem pretende atrair as atenções femininas, através da destreza dos seus movimentos, promovendo a coragem, a altivez e a vaidade do homem ribatejano.
 O Fandango está enraizado entre os portugueses, mas é, por excelência, a dança ribatejana, descrevendo na perfeição aquilo que foi e ainda é o Ribatejo.


Deixo-vos aqui uma pequena amostra:

https://www.youtube.com/watch?v=gn1mI30tOBk

Beijo, beijo

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